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Dicas importantes segundo experiências vivenciadas.

Prevenção é a maior arma contra criminosos, dizem especialistas

G1
Por: Paulo Toledo Piza

Três assaltos a casas que terminaram com reféns agredidos assustaram moradores da Grande São Paulo nos últimos dias. Para que as pessoas evitem passar por semelhante (e traumática) experiência, especialistas em segurança ouvidos pelo G1 dão dicas de como manter distância desses criminosos.

A prevenção é a maior arma para casos como o ocorrido domingo (20), quando três assaltantes invadiram uma casa e renderam seus cinco moradores em Osasco , na Grande São Paulo. Conforme especialistas, medidas simples e baratas, aliadas ao redobramento da atenção dos moradores, fazem com que as casas deixem de ser alvo dessas quadrilhas. “O bandido prefere um conjunto de condições para fazer seu golpe”, afirmou o coronel José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública.

Para o especialista, primeiramente os moradores devem redobrar a atenção ao sair ou entrar em casa. E não apenas no período noturno: nos casos de Osasco e do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo , os criminosos atuaram em plena luz do dia. “As pessoas temem muito a parte da noite e acabam abrindo a guarda durante o dia”, afirmou o coronel.

Além da atenção, boa iluminação na fachada e muros altos, com no mínimo 2,5 metros de altura, e reforçados com cercas eletrificada ou de arame, são essenciais para a segurança. “Se tiver um sistema de alarmes com sirene e câmeras, melhor”, comentou o consultor em segurança privada Nilton Migdal.

O portão também deve receber atenção. Portões gradeados são mais eficientes do que os totalmente fechados. Apesar de prejudicarem a privacidade, eles são ótimos para a segurança, já que deixam à mostra qualquer movimentação estranha no quintal e na residência. Caso o dono da casa tenha mais condições, ele deve instalar uma fechadura com chave incopiável, que nenhum chaveiro consegue copiar.

Caso o assaltante consiga ultrapassar essa primeira barreira e pular o muro, como ocorrido no sábado (19), no Morumbi, o quintal deve estar preparado para “expulsar” o assaltante. A instalação de sensores de movimento ligados a alarme é a melhor opção. “O barulho serve para espantar o bandido do local”, lembrou o escritor e delegado Jorge Lordello.

Diferentemente do senso comum, especialistas afirmaram que o uso de cães para fazer a segurança da residência não é aconselhável. “Há casos em que cachorros chegaram a ser levados pelos assaltantes”, disse o delegado. “Cão é bom somente quando tem um treinamento específico para segurança.”

Última barreira para o criminoso, a casa merece outras atenções. “Orientamos as pessoas a trancarem as portas e as janelas quando forem dormir”, disse Lordello. “Dessa forma, se o bandido entrar, terá de arrombar outra porta.”
Normas

Todas as medidas citadas não servirão de nada caso os moradores e empregados da casa não saibam como agir na presença de desconhecidos. Uma das abordagens prediletas dos assaltantes é pela porta da frente.

Geralmente, esses criminosos vestem-se como carteiros ou fazem uma entrega falsa, como ocorrido em maio em uma mansão nos Jardins . No dia 10 daquele mês, homens vestidos de entregadores de flores aproveitaram a ocasião –era Dia das Mães- para enganar funcionários e invadir a residência. O bando levou dois quadros de Cândido Portinari e um de Tarsila do Amaral, que posteriormente foram recuperados.

Segundo os especialistas, as pessoas devem perder a vergonha e exigir de estranhos documentos ou crachás antes de abrir o portão. Caso seja para o recebimento de entregas, nunca o funcionário deve entrar na casa. “Ou deixa na porta ou entrega por um passa-documentos [gaveta usada principalmente em condomínios para receber encomendas]”, disse o consultor Migdal. Crianças devem ser proibidas de atender a porta, pois são mais fáceis de serem ludibriadas.

Para os especialistas, ao seguir algumas dessas dicas, os moradores estarão seguros. Mas como todo é falível, há a possibilidade de os criminosos vencerem todas as barreiras e invadir a casa.
Abordagem

Quando isso acontece, as vítimas devem tentar manter a própria calma e a dos assaltantes. Em seguida, atender às exigências impostas. “A pessoa tem de deixar claro que está disposta a dar tudo para os bandidos”, afirma o coronel Silva Filho. “Nunca tente negociar os bens nem ludibriar os criminosos. Isso pode deixá-los nervosos”, completa o delegado Lordello.

O uso de cofres também deve ser evitado. Além de ser um chamariz a criminosos, ele passa apenas uma sensação de falsa segurança. “Dinheiro e joias devem ser deixados em banco, não em casa”, completou o delegado.

Nunca a vítima deve reagir, pois o risco de levar um tiro é muito grande. Encarar os criminosos e fazer movimentos bruscos também devem ser evitados. “Geralmente ele está com a arma engatilhada, muito nervoso e tremendo. Qualquer coisa pode piorar a situação”, disse Lordello.

A polícia deve ser acionada – mesmo que os assaltantes ameacem se vingar. “Ele cometeu tantos crimes que não lembrará da vítima A ou Z. Se não houver reconhecimento, os bandidos ficarão livres e outras pessoas passarão por dramas semelhantes”, completou o coronel.

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