Você acha que equipamento de segurança “É tudo a mesma coisa” ?
E O “PREÇO BAIXO”, VOCÊ ENTENDE QUE É O DIFERENCIAL NA HORA DA COMPRA?
Muita gente, por querer aumentar o nível de segurança patrimonial, sai correndo atrás de produtos físicos e eletrônicos. No entanto, uma questão muito importante deve ser analisada:
Qual a melhor solução para a vulnerabilidade que lhe preocupa?
Será que todos os equipamentos são iguais ou parecidos e por isso tem o condão de solucionar meu problema?
Óbvio que não, mas o leigo, porque geralmente pensa que é “tudo a mesma coisa”, o que não é verdade, acaba escolhendo pelo preço mais convidativo, ou seja, o mais baixo.
Uma pergunta não quer calar:
Em que momento o comprador irá descobrir que adquiriu mercadoria errada?
Descobrirá em duas oportunidades apenas:
1) Quando o sinistro acontecer
2) Quando o equipamento parar de funcionar ou passar a apresentar constantes defeitos
Recentemente, um amigo me procurou porque estava com dificuldade na proteção do portão principal de sua casa. Ele narrou que ao sair de férias com a família no ano passado, bandidos abriram com chave mixa(falsa) a porta da frente de sua casa e em seguida, através de uma janela, ingressaram na residência e subtraíram muitos pertences.
Na tentativa de minimizar risco, ele resolveu comprar uma corrente grossa e amarrá-la junto ao portão com cadeado.
O problema, é que adquiriu 3 cadeados em 1 ano e 3 meses e os 3 apresentaram problemas de funcionamento idênticos, ou seja, os ganchos, também chamados de hastes, em formato de U, passaram a sair do corpo do cadeado.
Indaguei os preços dos cadeados adquiridos e a resposta foi:
-Primeiro cadeado custou R$ 55
-Segundo cadeado custou R$ 73
-Terceiro cadeado custou R$ 92
A conclusão é simples: ele já tinha investido R$ 210 e o problema perdurava, colocando em risco o patrimônio e a integridade da família
Comentei que os cadeados adquiridos, além dos defeitos que apresentaram, também eram vulneráveis em três aspectos:
- a) Facilidade em se fazer cópias das chaves em qualquer chaveiro em poucos segundos
- b) Apresentação de vulnerabilidade no tocante ao sistema de abertura, pois com a utilização de chave micha (falsa) um criminoso com certa habilidade pode abrir o sistema com certa rapidez
- c) Poderiam ser abertos mediante força com utilização de objeto robusto, como o pé de cabra
A preocupação do amigo aumentou com esses esclarecimentos e, claro, pediu minha orientação.
Cadeados devem ter a finalidade de bloquear ou impedir o acesso a uma determinada área promovendo, assim, controle de acesso e segurança ao patrimônio. O cadeado é uma espécie de fechadura portátil, podendo ser utilizado para trancar mais de um objeto ou área. Os cadeados são constituídos basicamente de corpo, gancho e chave, sendo que cada um possui uma chave própria, de modo que apenas seu proprietário possa acioná-lo.
A NBR 15271, de 07/2013, trata especificamente de cadeados fixando requisitos mínimos exigíveis para fabricação, segurança e funcionamento de cadeados acionados por chave. Prescreve os métodos de ensaios a serem executados nos cadeados, simulando, por meio de ensaios mecânicos (laboratório), utilização prolongada para verificação da durabilidade dos componentes e os esforços a que podem ser submetidos se sofrerem tentativa de arrombamento.
Todo cadeado deve trazer escrito, em destaque, na principal face de sua embalagem, o seu respectivo tipo. O tipo de cadeado está diretamente relacionado à principal matéria prima utilizada para a fabricação do corpo.
Encontramos cadeados com diversas matérias primas, tais como:
-Cobre
-Zinco
-Aço
-Plástico e Polímeros
-Ferro Fundido
-Alumínios e suas Ligas
Com essa breve explicação, o leitor agora sabe que cadeado “não é tudo a mesma coisa”. O mesmo posso dizer dos demais equipamentos de segurança físicos e eletrônicos. Antes de adquirir, é essencial observar a qualidade, durabilidade, garantia e, principalmente, o grau de segurança que irá implementar em seu prédio, casa, loja ou empresa.
Alerto ainda em relação às marcas que chamo de “ching-ling”, que entram no Brasil de forma ilegal e são vendidas a preços convidativos, mas não são confiáveis, quando o tema é segurança.
Após essas considerações, indiquei ao amigo a compra de cadeado de alta segurança, com as seguintes características:
– Cilindros com pinos telescópicos de altíssima precisão e pinos móveis na chave, proporcionando a máxima segurança.
– Cópias de chaves controladas somente com autorização do cliente.
– Material de alta resistência contra diversas formas de arrombamentos.
– Sistema de travamento por cilindros e não pinos, como encontramos na maioria dos produtos
– Resistência à compressão e tração superior a 4 toneladas
– Haste em aço
– Proteger contra arrombamentos e uso de chave “mixa”, pois o cilindro de abertura possui codificação computadorizada.
altíssima resistência à corrosão e ao marretamento.
– Possui uma extensão de seu corpo limitando o acesso ao elo, deixando ainda menores as chances de uma tentativa de arrombamento
Depois de uma semana, recebi telefonema do amigo dizendo que estava encantado com a aquisição e agora sentia-se plenamente seguro quanto a proteção do portão principal da casa onde mora com a família.
Ao final, ele fez o seguinte relato:
“Paguei R$ 650 no cadeado de alta segurança que me indicou. A qualidade é completamente diferente dos outros que havia adquirido e que apresentaram vários problemas de funcionamento. Agora me sinto seguro e com a certeza que vou ter este equipamento por muitos e muitos anos sem apresentar defeito. Obrigado Lordello pela orientação; estou muito satisfeito com o investimento que fiz para a segurança de minha família”.
Lembre-se que “preço” é o que o cliente paga e “valor” é o que o cliente leva.
Não adianta adquirir produto na área de segurança com preço baixo, se não agregar valor no tocante a minimização de riscos.
Preço é identificado pela etiqueta.
Valor se define como o grau de satisfação entre expectativas e necessidades que são atendidas por um produto ou serviço.
Portanto, preço é o que se paga e valor o que se leva para casa.
E a decisão é sempre do comprador. Mas quando se compra errado, não adianta chorar o leite derramado, basta calcular os prejuízos e assumir a responsabilidade pela reparação, quando possível.
JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
www.lordellotreinamento.com.br
jlordello@uol.com.br