Sintomas que podem determinar se funcionário está fraudando a empresa
A origem do ato fraudulento está dentro da própria empresa e a conclusão, apesar de desagradável, é uma só: “Os funcionários são os principais fraudadores”.
Normalmente, as firmas brasileiras esperam a constatação do prejuízo para tomar alguma providência, porque não são proativas nessa área, ou seja, não encetam esforços para que as fraudes não aconteçam. Por assim procederem, raramente conseguem recuperar as perdas. Resta demitir o funcionário, e esse processo pode se tornar danoso e traumático, justamente o que desejamos evitar.
É importante ter atenção aos sinais que podem levar à suspeita ou desconfiança quanto ao funcionário:
a)Ser viciado no uso imoderado de bebidas alcoólicas
b)Ser usuário de drogas ilícitas
c)Ser viciado em jogos de azar
d)Frequentar nos dias úteis casas noturnas, boates e etc
e)Adquirir bens de valor incompatível com salário
f)Promover festas dispendiosas e frequentes
g)Levar vida social onerosa e incompatível com o seu status financeiro
h)Excesso de financiamentos
i)Cobranças judiciais e de agiotas.
Algumas alterações de comportamento podem ser sinais valiosos de que algo estranho pode estar acontecendo. No entanto, sempre digo que sinais e sintomas não devem ser interpretados isoladamente. É necessário cautela nas conclusões, somente a atenção e análise globalizada dos fatos apontará para um eventual problema ou não.
O Instituto Americano de Contadores Públicos Juramentados aponta alguns sintomas que podem identificar risco de fraude de funcionário:
1 – Pedir empréstimo de pequenas somas em dinheiro aos colegas de trabalho;
2 – Colocar cheques pessoais no caixa, trocando-os por dinheiro e pedindo ao caixa que os retenha;
3 – Cheques pessoais descontados e devolvidos pelo Banco, por algum motivo anormal. (cheque devolvido por algum engano: data errada, assinatura);
4 – Presença permanente de cobradores e credores além de contínuos telefonemas de cobranças;
5 – Emitir vales para reembolso posterior descontando-os na caixa pequena para pagá-los quando receber salários ou 13º salário;
6 – Tendência manifesta para omitir faltas praticadas por outros e encobrir erros de colegas ou de chefes;
7 – Constantes críticas negativas a terceiros, pretendendo evitar suspeitas sobre si mesmo.
8 – Ter procedimento excêntrico e peculiar e dar respostas evasivas quando submetidos a interrogatórios;
9 – Ser praticante de qualquer tipo de jogo de azar sem possibilidade de arcar com os respectivos prejuízos;
10 – Ser amante da bebida alcoólica em excesso, do consumo de drogas, da vida noturna e de amigos duvidosos;
11 – Comprar automóveis e outros objetos de alto valor (em relação ao nível financeiro da pessoa);
12 – Tentar explicar, sem justificativas, o nível de vida que está levando;
13 – Elevar-se diante de perguntas embaraçosas ou mostrar-se tranquilo, inclusive em interrogatórios imprevistos;
14 – Negar-se a tirar férias, com medo que descubram suas fraudes. Não aceitar promoções;
15 – Manter familiaridade com fornecedores;
16 – Manter contas bancárias com saldos elevados e realizar continuamente compras de grande vulto (valor), incompatíveis com os rendimentos.
No mês passado fiquei sabendo que aeromoça foi detida em flagrante no aeroporto de Guarulhos. Ela furtava carteiras de passageiros em pleno vôo, à noite, quando estavam dormindo.
No Rio de Janeiro, um enfermeiro que acompanhava idosos enfermos foi detido recentemente e acusado de subtrair cartões magnéticos dos pacientes. Em sua casa foram apreendidos eletrodomésticos, jóias, roupas e perfumes adquiridos com dinheiro sacado das contas bancárias de suas vítimas.
Certa vez, durante palestra que ministrei para mulheres empreendedoras, eu comentava dos cuidados que deveriam ter com suas bolsas, principalmente no locais de trabalho. Imediatamente, uma das participantes levantou a mão e disse:
“O senhor está insinuando que devo desconfiar dos companheiros de serviço?”
Antes mesmo que eu respondesse, cerca de 10 moças pediram a palavra e comentaram que já haviam sido vítimas de furtos nas empresas onde trabalhavam.
O jargão antigo já dizia que “a Proatividade é o princípio número 1 da segurança; devemos tomar atitudes antes que aconteça o pior. Se cultivarmos o hábito de praticar ações minimizadoras de riscos, criaremos capa invisível que nos protegerá da criminalidade.
JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
www.lordellotreinamento.com.br
jlordello@uol.com.br