Bandidos que Matam X Vidas Ceifadas X Famílias Destruídas
Uma mãe de 46 anos e sua filha de 7 foram fazer compras no final da tarde de 14/07/2016, num Supermercado do bairro do Estácio, região central do RJ. Por volta das 20h deixavam o estabelecimento carregando as compras, quando surgiu um homem portando uma faca, que anunciou o assalto.
A vítima, sem esboçar nenhum tipo de reação, explicou que tinha acabado de realizar gastos e por isso não tinha mais dinheiro. O assaltante, impiedoso, de imediato esfaqueou-a duas vezes na região da garganta. A menina saiu correndo e teve tempo de parar um taxi para socorrer sua genitora, que foi operada no Hospital Souza Aguiar, onde acabou falecendo.
No dia 20.05.2016, o médico Jaime Gold foi abordado por dois marginais, na Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal de referência internacional, nessa mesma cidade do Rio de Janeiro, recebendo duas facadas, uma no braço e outra na barriga. Foi socorrido para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiu aos graves ferimentos e veio a óbito.
Ocorrências com o mesmo potencial de letalidade pipocam diariamente nos noticiários jornalísticos por todo Brasil. O problema é maior do que o leitor possa imaginar, em razão das seguintes questões:
- Vítimas que não portavam dinheiro durante o assalto estão sendo mortas
- Vítimas que não carregavam a quantia de dinheiro esperada pelos criminosos estão perdendo a vida.
- Vítimas que esboçaram algum tipo de reação são alvejadas
- Temos ainda casos de pessoas que atenderam todas as ordens dos marginais e, mesmo assim, foram assassinadas
- Policiais que são reconhecidos pelos ladrões durante roubo, geralmente, são executados friamente.
Antigamente, o assalto à mão armada na rua era praticado por um homem de 30 anos. Posteriormente, começamos a perceber jovens de 18 a 21 anos roubando em plena luz do dia. Pouco tempo se passou e o problema também se voltou para os adolescentes de 15, 16 e 17 anos. A chamada “antecipação de fases” continuou avançando. Atualmente, crianças de 10 e 11 anos, muitas já envolvidas com o mundo do crime, se comportam como adultos; empunham faca e revolver ou um isqueiro, que apesar de objeto simples, utilizam para usar drogas ou atear fogo em vítima de latrocínio.
Qual foi a postura dos legisladores federais nesse período já bastante longo e doloroso para a sociedade? Essa resposta é conhecida por todos aqueles que se revoltam com inúmeros pacotes de bondades e direitos, imerecidos, para aqueles que resolveram infringir a lei penal.
Não fosse tão cruel e nefasta a situação, seria cômica, pois os que têm espalhado tanto sofrimento, ao invés de punição, de castigo, de cerceamento, recebem verdadeiros incentivos, concedidos pelos nossos “compreensivos” congressistas.
Aonde iremos parar?
Qual a profundidade do fundo desse poço?
Quem será a próxima vítima?
JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
www.lordellotreinamento.com.br
jlordello@uol.com.br