Sua empresa ou condomínio considera segurança como prioridade ou valor?
Discussões em condomínios são acirradas quando o assunto é segurança. Parte dos moradores quer morar num local com bom nível de segurança, mas muitos desejam comodidade; são os que não querem burocracia para entrar e sair do edifício nem que visitantes sejam “constrangidos” com o preenchimento de um simples cadastro.
Pergunta que não quer calar:
“Quem ganha esse embate?”
O intuito deste artigo é aprofundar esse assunto espinhoso. Desta forma, vou levantar a seguinte reflexão:
O leitor considera segurança como prioridade ou valor?
É preciso compreender que o fator prioridade é muito influenciado por acontecimentos recentes. Vamos imaginar que numa determinada rua um prédio foi invadido e os moradores ficaram sob a mira de armas de fogo por várias horas. No momento em que os condôminos dos edifícios vizinhos ficarem sabendo, é natural que sintam-se fragilizados, ou seja, o crime chegou bem perto.
De imediato, todos vão querer que seja tomada alguma atitude efetiva para melhorar a segurança; assim surge a tal da “prioridade”.
Outro exemplo curioso, é aquela pessoa que leva uma vida totalmente desregrada e passa mal repentinamente. Depois de fazer diversos exames, o médico indica severo regime alimentar sem bebidas alcoólicas. Determina também que comece a andar pelo bairro pelo menos 3 vezes por semana. Preocupado com a saúde, o paciente segue à risca as determinações médicas e os novos hábitos se tornam prioridades.
Depois de 4 meses, após refazer os exames, vibra ao saber que os números agora estão em níveis aceitáveis. Ao retornar para casa, e já não vendo risco para a saúde, resolve fugir um pouquinho do regime, porque ninguém é de ferro. Após 45 dias, as caminhadas cessaram, a alimentação pesada e os pileques voltaram a fazer parte da rotina, pois a prioridade agora é aproveitar tudo de bom que a vida tem a oferecer.
Empresas respeitadas no mercado tratam segurança como um valor inegociável e não prioridade, ou seja, possuem visão prevencionista e proativa.
Portanto, trabalhar e morar em um ambiente seguro deveria estar acima de qualquer acontecimento, regra ou vontade de terceiros.
Segurança é inegociável; vidas são inegociáveis.
Não se pode pensar em ½ segurança do trabalho ou ½ segurança no local onde se mora.
O custo do investimento em segurança é facilmente contabilizado por especialista da área, mas o da insegurança é totalmente imprevisível, principalmente quanto ao risco de morte e dos prejuízos materiais e emocionais que podem ocorrer.
Portanto, valores são convicções claras e fundamentais que a organização(empresa ou condomínio) defende e adota como guia para a gestão do seu empreendimento, ou seja, são as regras de conduta a serem seguidas por todos os envolvidos.
JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
www.lordellotreinamento.com.br
jlordello@uol.com.br