Policial morto em serviço e a hora do juízo final
Um policial com 17 anos de serviço foi alvejado durante uma perseguição e morreu ao dar entrada no pronto socorro. Ele deixou dois filhos e esposa.
O velório foi concorrido, policiais de toda região estiveram para dar o último adeus. Ao ter o primeiro contato com Deus, teve que responder duas perguntas:
“Foste fiel à Igreja? Deste a outra face ao inimigo?”
A resposta foi sincera e surpreendeu:
“Não senhor! Nós policiais não podemos ser só amor. Na maioria dos domingos eu estava de serviço e não pude ir à Igreja. Por vezes falei de modo impuro, fui violento, pois o trabalho policial é muito duro! Mas nunca peguei um centavo que não fosse meu. Enquanto as contas acumulavam, eu me dedicava a trabalhos extras e me ausentava da família. Perdoai-me Senhor, pois, às vezes, chorei a dor dos outros. Nunca me desejaram por perto a não ser em momentos de perigo. Reconheço que não mereço andar em vosso meio, mas se tiveres um lugar para mim, não necessita ser luxuoso, e se não, eu compreenderei”.
Foi então que o silêncio tomou conta dos anjos e arcanjos e Deus falou:
“Teu corpo serviu com alma e coração, te fizeste escudo para teu próximo e arriscaste tua própria vida por pessoas que nem conhecias. Portanto, vai em paz para o Paraíso, pois o inferno já foi tua missão!”.
Esse texto é de autor desconhecido, mas com certeza foi escrito por policial que passou por inúmeras agruras, risco de morte e até desespero durante a carreira.
Pouca gente sabe, mas o suicídio mata mais policiais do que o confronto armado com bandidos.
Muitos chamam policiais de “heróis” de forma populista, mas esquecem que profissionais de segurança pública não usam capas e nem possuem super poderes.
São seres humanos normais que escolheram a profissão policial, geralmente, por pura vocação, oriunda da época da juventude. Empunham armas de fogo 24h por dia e a tensão permanente provocada pela possibilidade de ter que entrar em ação a qualquer momento.
Só quem viveu essa realidade por muitos anos sabe das dificuldades a serem enfrentadas no cotidiano.
No domingo vai ao enterro de parceiro policial e no dia seguinte é escalado para mais um dia de trabalho. Pois a ronda e o plantão policial não podem parar…