Biometria facial pode apresentar erro se o morador estiver usando máscara

Cada vez mais equipamentos com Biometria Facial vêm sendo instalados em condomínios residenciais e comerciais. A grande vantagem, em tempos da pandemia do Covid-19, é que o usuário não precisa encostar o corpo no equipamento, evitando, assim, risco de contaminação.

Por outro lado, é importante alertar que a maioria das pessoas no Brasil está usando máscara de proteção e estudos têm mostrado que isso pode gerar aproximadamente 50% de erros no sistema de reconhecimento facial.

“Lordello, mas por que isso ocorre?”

A explicação é bastante simples, qual seja: os sistemas de reconhecimento facial, através de algoritmos, analisam a imagem do rosto para identificar dezenas de pontos únicos através das distâncias do nariz aos olhos, da boca ao queixo e outros parâmetros como contorno da face e formato da extremidade do rosto.

O problema, é que a máscara para minimizar risco de contágio pelo coranavirus cobre boa parte do rosto, principalmente a região da boca e nariz. Ou seja, quanto maior ela for, menor a quantidade de pontos únicos a serem observados e analisados pelo equipamento biométrico facial, gerando, assim, falhas no reconhecimento, tanto é, que dois síndicos que entrevistei e que instalaram, antes do início da pandemia, esse tipo de equipamento em seus condomínios, agora estão enfrentando problemas, pois o sistema apresenta, com muita frequência, o “falso positivo” e “o falso negativo” de identicação na entrada de moradores, justamente em virtude do uso de máscaras.

A solução que esses administradores adotaram, foi informar a todos os cadastrados/moradores que deveriam retirar a máscara na hora de passar pelo reconhecimento facial, que dura em torno de 1 segundo apenas, e em seguida colocá-la novamente para proteção contra o vírus.