Erros em condomínios que seriam evitados com a assessoria de um consultor de segurança
Observe abaixo a foto de um prédio de classe média alta recém construído em São Paulo. Ao lado da entrada e saída de autos o projetista resolveu construir pequena guarita sem banheiro. Esclareço que não é a guarita do prédio, conforme se vê na foto seguinte.
Observe foto da guarita principal do edifício que fica distante da outra ao lado da entrada de autos:
Mas qual foi a intenção do engenheiro ao criar essa pequena construção? A única explicação plausível, é que, antigamente, em prédios de maior poder aquisitivo, era comum ser construída pequena guarita para abrigar o controlador de acesso, que ficava incumbido em gerenciar a entrada e saída de autos, portanto, era responsável pela abertura e fechamento dos portões da garagem.
Acreditava-se que o funcionário, estando mais próximo da entrada de carros, teria mais facilidade e segurança para identificar veículo de morador.
Com a evolução tecnológica e, principalmente, com o lançamentos dos controles remotos digitais, que não permitem clonagem e que identificam os carros de moradores de forma eletrônica, essa estratégia da pequena guarita foi abandonada de vez. Não podemos deixar de frisar que manter um funcionário 24h somente para auxiliar na triagem de entrada e saída de autos custaria em média 20 mil reais por mês. Por ano cerca de 240 mil. Após 10 anos, os moradores teriam pago mais de 2.500,000,00 de reais, computando juros e correção monetária. Portanto, totalmente inviável nos dias atuais, onde síndicos fazem de tudo para baixar o valor do condomínio.
Mas não foi somente esse erro cometido. Veja na foto abaixo outro equívoco, e esse praticado comumente por construtoras e síndicos que não utilizam assessoria de consultor de segurança:
Temos um portão com largura imensa, cujo peso provoca morosidade no seu funcionamento. Consequentemente, o condutor/morador fica mais tempo esperando abrir e fechar. Mas não é só isso. Esse prédio conta com muitos andares e número muito grande de apartamentos; o fluxo de autos é grande. Imagine a confusão nos horários de pico, com carros entrando e saindo ao mesmo tempo.
Tendo em vista a largura generosa para entrada de autos, o ideal seria que o portão fosse dividido, permitindo, assim, uma área exclusiva para entrar carros e outra para sair. A essa estratégia apelidei de entrada independentes de autos. Veja abaixo como ficaria na prática:
Com a divisão do portão principal, criamos a forma mais segura de controlar acesso de autos em prédios, chamada de “entradas independentes de autos”.
CONCLUSÃO
A construtora desse prédio, em razão da falta de consultoria de segurança, cometeu dois erros graves:
1) Criação de pequena guarita sem utilidade. O síndico decidiu que custaria muito caro manter controlador de acesso na área de entrada para o estacionamento. Ou seja, a pequena construção não tem a mínima utilidade.
2) O enorme portão instalado mais atrapalha do que ajuda os motoristas/moradores. Com isso, é natural que reclamações apareçam e comprometam o conceito da construtora, principalmente quando as insatisfações vão para as redes sociais.