Julgamento com cartas marcadas
Na idade média, um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era pessoa influente no reino e, por isso, desde o primeiro momento se procurou um “bode expiatório” para acobertar o verdadeiro assassino.
O réu foi levado a julgamento já temendo pelo resultado, que seria a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo; seria um julgamento com cartas marcadas. O juiz, que também fora comprado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que ele provasse sua inocência:
“Vou escrever num pedaço de papel a palavra “inocente” e no outro a palavra “culpado”.
Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredicto”.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu “culpado”, de maneira a impedir qualquer chance de o réu se livrar da morte.
O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem pensou alguns segundos, pegou um dos papéis e, rapidamente, colocou na boca e engoliu.
Um dos presentes ao julgamento, indignado, disse:
“Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber o seu veredicto?”
A resposta foi simples:
“É muito fácil, basta olhar o pedaço que sobrou e saberemos que engoli o resultado deste julgamento”.
Imediatamente o homem foi liberado.
Caro leitor, uma das razões que a pena de morte não emplaca na grande maioria dos países é a possibilidade de se tirar a vida de um inocente por erro judiciário, manobras jurídicas, corrupção e de se ceifar a vida apenas de pessoas das classes mais baixas da sociedade.
E você, é a favor ou contra a implantação da pena de morte para alguns delitos no Brasil?