Seu prédio tem segurança?
A lente colocada em meus olhos é focada para o item segurança. Ao perambular pelas ruas de São Paulo verifico que grande parte das residências e condomínios fornecem mais facilidades do que dificuldades para a ação de marginais.
Quando viajo a trabalho ou lazer, percebo que em outros estados a problemática é a mesma, ou seja, os lares carecem de um esquema de segurança eficiente. Falta profissionalismo, sobra amadorismo.
Tenho notado também, que boa parte das construtoras, ao elaborarem a planta do novo empreendimento, não se preocupam em criar uma edificação voltada para impedir furtos e assaltos. Desta forma, o “problema” irá estourar nas mãos dos compradores que perceberão as falhas, logo nas primeiras semanas, após a mudança.
Guarita mal posicionada, muros baixos, entrada para garagem totalmente devassada, portão automático de péssima qualidade e lento, falhas estruturais na portaria, principalmente para o atendimento de prestadores de serviços e estranhos, são alguns dos problemas mais comuns. A correção desses erros, custará um bom dinheiro aos novos moradores, que não contavam com esse dispêndio.
A conclusão é uma só: o projeto arquitetônico não levou em conta os aspectos básicos de segurança patrimonial. E quem arcará com esse prejuízo?
Já comentei dos aspectos estruturais, mas não posso esquecer do material humano. A função do porteiro é fundamental, tanto em condomínios residências e comerciais, como nas indústrias. Aí surge uma pergunta importante: “O homem responsável pela portaria foi treinado e reciclado para atender regras básicas de segurança?” A resposta que mais ouço é “Não”.
Conclusão: Todo o investimento feito no projeto de segurança patrimonial, irá por água abaixo, no momento em que o responsável pela portaria (sem o devido treinamento) falhar no procedimento. O problema parece estar resolvido, quando temos o equipamento certo, juntamente com o treinamento dos funcionários responsáveis pela segurança. Definitivamente não. Resta ainda conscientizar os moradores que deverão seguir a risca, as normas procedimentais relativas à segurança.
Normalmente, alguns moradores, desautorizam o homem da portaria, no momento em que não desejam passar por todos os procedimentos de rotina. É nesse instante que se abre uma brecha para o “trabalho” dos criminosos.
É de se frisar que o marginal, habituado a assaltar prédios ou empresas, faz uma análise conjuntural do local a ser invadido. Se ele perceber que aquele edifício possui regras rígidas e equipamentos de segurança bem localizados, é natural que ele procure outro condomínio mais desprotegido para atuar. É a lei do menor esforço.
Amigo leitor, lembre-se dessa máxima: “O marginal procura facilidade e não dificuldade”.
Dr. JORGE LORDELLO
Escritor Internacional
Pesquisador Criminal
Palestrante e Conferencista
Delegado de Polícia Licenciado
Consultor de Segurança
Apresentador do Programa Proteja-se
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