Descuido fatal com o celular
Gostaria que o leitor prestasse muita atenção no presente relato e tirasse suas próprias conclusões:
Em junho de 2002, Dirceu Lopes, 51 anos, oficial de justiça de Caxias do Sul (RS) sofreu um sequestro relâmpago. Quando ia pegar o neto na escola, seu celular tocou e ele parou o carro. Enquanto falava ao telefone, Lopes percebeu a aproximação de três rapazes de boa aparência. Ao sair do carro, sentiu uma arma na altura de sua cintura e recebeu a ordem de entrar novamente. No carro, um dos rapazes manteve a pistola apontada para a vítima. Ele tentou esconder a carteira de oficial de justiça, mas os sequestradores identificaram sua função na placa do painel. Dois dos assaltantes alegaram que iria matá-lo. Mandaram Lopes sair do carro e escrever as senhas de seus cartões de crédito e de débito… Depois ordenaram que ele bebesse uma garrafa de cachaça. Em seguida os bandidos anunciaram que buscariam o dinheiro no banco, comprariam drogas e voltariam para matá-lo. Um dos bandidos o chutou e a vítima acabou caindo num rio. Ele estava amarrado e teve medo de se afogar, pois tinham provocado sua embriagues. Mais adiante, com a ajuda de moradores de um barraco conseguiu sair da água.
É meu dever, alertar que um simples assalto nas ruas, pode gerar um roubo em sua moradia, um saque forçado em caixa eletrônico e também o perigo da extorsão mediante seqüestro. Temos que tomar extremo cuidado com dois ingredientes: veículo e telefone celular.
O uso de aparelho celular na direção de veículo além de proibido pela legislação de trânsito faz com que o usuário concentre sua atenção apenas na conversa telefônica, esquecendo completamente de cuidar de sua segurança pessoal. Na verdade, foi o que aconteceu com o assalto que acabamos de narrar.
Os marginais perambulam pelas ruas procurando uma vitima que lhe ofereça oportunidade, ou seja, que facilite seu “ofício” criminoso. Não devemos tirar nossa atenção dos procedimentos de segurança pessoal e por isso evite ao máximo permanecer dentro ou próximo do veículo, quando ele estiver estacionado na rua. No trânsito intenso, procure evitar as duas primeiras filas, próximas da faixa de pedestre e também a faixa lateral esquerda. Ao parar no trânsito intenso, não se esqueça de manter uma distância de no mínimo um veículo, do carro da frente. Assim você estará reduzindo sensivelmente o risco de ser abordado por marginais.
JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
www.lordellotreinamento.com.br
jlordello@uol.com.br