Você é contra ou a favor à entrada de imigrantes refugiados no Brasil?
Muitos estrangeiros têm entrado em nosso país. Alguns de forma legal e outros pela via ilegal. Em comum
, o fato de não encontrarem condições ideais ou mínimas de sobrevivência no lugar onde nasceram ou viviam. Já são cerca de 30,8 mil imigrantes venezuelanos; somente em 2018 chegaram dez mil. (até o número dez, Lordello, você escreve por extenso).
Em 10 anos, número de imigrantes aumentou aproximadamente 200%
A rota imigratória começou em 2010, quando um terremoto devastou o Haiti matando quase 200 mil habitantes. Essa adversidade levou muitos haitianos a deixarem a ilha em busca de emprego. O Brasil comandou uma missão das Nações Unidas nesse país a partir de 2004.
Estima-se que a Terra Brasilis tem 600 mil imigrantes ilegais.
A tendência desse número é aumentar rapidamente, pois países do primeiro mundo, tais como EUA, Portugal e Espanha, passaram a fechar as portas ou endurecer procedimentos para autorização de entrada.
Um presídio no interior de São Paulo que abriga apenas estrangeiros criminosos possui 1000 detentos de 86 nacionalidades, sendo que 70% é de condenado por tráfico de drogas.
A reflexão em forma de pergunta que norteia este artigo é a seguinte:
Você é favorável ou contra que o Brasil receba imigrantes em situação de risco ou miserabilidade que buscam refúgio aqui?
Tenho certeza que muita gente é favorável por questões religiosas, humanitárias ou até mesmo por pena, acreditando que o Brasil deve dar oportunidades aos menos desfavorecidos.
Os contrários a esse posicionamento alegam que o governo federal deve proibir terminantemente a imigração ilegal, pois cerca de 25% da população brasileira vive em condições totalmente precárias e desumanas e, portanto, não temos condições de ajudar estrangeiros, ou seja, só iriamos agravar a situação dos que moram aqui.
A polêmica está lançada.
O problema, é que no mundo vemos cada vez mais um imenso número de pessoas descontentes em morar em seus lugares de origem. Na busca por melhores condições para sustentar e criar suas famílias, perambulam por diversas países à procura da sobrevivência digna.
VAMOS À PERGUNTA CHAVE DESTE ARTIGO
O leitor acha que permitir a entrada de imigrantes no Brasil pode ajudar de alguma forma a pobreza no mundo?
Antes que responda, gostaria de fornecer maiores dados estatísticos sobre a miserabilidade no mundo. Com isso, é possível se estabelecer conceito não meramente emocional, mas com base em conhecimento amplo do problema, precaução que, infelizmente, não muito comum em muitos que opinião hoje em dia no Brasil.
O que não faltam são achólogos ou opinólogos, que são aqueles que tiram conclusões rápidas ou opiniões relâmpagos sobre assuntos complexos, apesar de terem pouco conhecimento e informação sobre o assunto.
Acompanhe alguns dados para reflexão:
-No continente Africano temos cerca de 650 milhões de habitantes que ganham menos de 8 reais por dia.
-Na Índia são 900 milhões de pessoas nas mesmas condições.
-Na China encontramos 480 milhões vivendo em total miserabilidade.
-No continente Asiático, retirando a China, encontramos mais 800 milhões de pessoas em extrema pobreza
-Na América Latina estima-se que 105 milhões de pessoas vivam com menos de 8 reais por dia
-O Banco Mundial calcula que no planeta Terra tenhamos 3 bilhões de pessoas miseráveis
Agora que o leitor tem uma radiografia sobre o tema, vou trazer mais um dado muito curioso:
Por ano no mundo, cerca de 1 milhão de pessoas miseráveis se deslocam de seus países de origem na busca de melhores alternativas de sobrevivência.
Não podemos esquecer que as imigrações acontecem em direção a algumas cidades de alguns poucos países do mundo, onde a notícia de facilidade de entrada e condições de trabalho são mais favoráveis. Com isso, se a localidade tinha boas condições de vida para os nativos, passará a ter desordem e queda na qualidade dos serviços públicos anteriormente fornecidos, pois ocorrerá sobrecarregamento da infraestrutura local no âmbito social.
Mas vamos supor que cada país visitado por esse 1 milhão de refugiados fizesse esforço sobre humano para tentar perfazer ajuda humanitária adequada.
A pergunta importante a se refletir é a seguinte:
Esse tipo de ajuda precária ajudará de fato a essas pessoas?
Agora quero trazer outro dado ainda mais triste:
Comentei que no período de 1 ano cerca de 1 milhão de pessoas tentam refúgio em localidades diversas de suas origens. O lastimável, é que a cada período de 12 meses o número de pessoas que passa a viver em estado de pobreza no mundo aumenta em 80 milhões.
Ou seja, para cada 1 milhão anual de refugiados, ganhamos 79 milhões de novas pessoas vivendo na extrema pobreza.
Conclusão Importante:
Em razão dos números apresentados acima, temos que a imigração não é a solução para o problema.
Mas qual a solução então?
É preciso melhorar as condições sociais de vida dos classificados como miseráveis em seus países de origem. Elas precisam ser ajudadas onde nasceram.
Mas como isso pode ser feito?
A única possibilidade é que os países com condições mais privilegiadas auxiliem financeiramente os governos necessitados, cobrando, é claro, transparência, honestidade e boa utilização desses recursos para que os cidadão possam, pelo menos, viver de forma digna.
JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
www.lordellotreinamento.com.br
jlordello@uol.com.br