Subtraiu carro, entrou no prédio e arrombou porta de apartamento. Saiba como tudo aconteceu!
É de amplo conhecimento que o sigilo das informações é fundamental para a minimização de riscos frente à violência urbana. Mas, uma coisa é saber, a outra é praticar.
A desatenção é uma das maiores inimigas da segurança; e isso acontece com muitos síndicos, porteiros, zeladores e moradores de condomínios.
Ainda vejo carros nas ruas estampando no vidro parabrisa adesivo com o nome do prédio ou logotipo do empreendimento, além do número do apartamento ou vaga na garagem. Com uma simples consulta no google, facilmente, se descobre a localização exata. Pois bem, é em virtude disso que muitas invasões acontecem.
No início de julho/2019 ocorreu um crime no bairro do Morumbi/SP que merece atenção exatamente quanto aos aspectos de segurança ventilados acima: um casal saiu a pé do condomínio, sendo que o auto da esposa estava estacionado na rua a cerca de 50 metros da guarita. Ao retornarem, notaram que o veículo havia sido subtraído. O casal subiu para o apartamento para pegar o celular e acionar a polícia.
Outra surpresa desagradável aconteceu ao chegarem no apartamento; a porta havia sido arrombada e vários pertences subtraídos.
Rapidamente, procuraram o zelador para ter acesso às imagens das câmeras de segurança. Assim, desvendaram o mistério.
Um marginal, sozinho, subtraiu, em menos de 1 minuto, o carro da vitima e foi embora. Mas retornou ao local 15 minutos depois com o chaveirinho (token) que aciona a abertura automática do portão principal. Dessa forma, ingressou no edifício, dirigiu-se ao apartamento da dona do carro furtado e com chave de fenda arrombou a porta da unidade.
Na verdade, o bandido, logo após subtrair o carro, encontrou no quebra sol da motorista o chaveirinho para entrada automática no prédio e que contava com o nome do condomínio e o número do apartamento do morador. Com isso, juntou “a fome com a vontade de comer” e decidiu praticar a invasão, que, infelizmente, foi bem sucedida, em razão de todas as fragilidades na segurança acima relatadas.
As informações pessoais, familiares e do local de moradia devem ser guardadas à sete chaves e não fornecidas a terceiros de forma primária.
É preciso ter em mente que marginais buscam apenas uma pequena brecha para entrar no local de moradia; e a informação privilegiada funciona como a porta de entrada para a prática de seus intentos.
JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
www.lordellotreinamento.com.br
jlordello@uol.com.br