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Dicas importantes segundo experiências vivenciadas.

Rio de janeiro vive metástase na área de segurança pública, que passa a ser comandada por um interventor federal; um general quatro estrelas; esse talvez seja o último remédio disponível

Metástase é quando o câncer se espalha do local onde se iniciou para outras partes do corpo. Infelizmente, temos que fazer essa comparação quanto a situação atual da segurança pública na cidade Maravilhosa, que está gravemente enferma e sem perspectivas de melhoras a depender das autoridades locais, principalmente as políticas.

A doença vem sem alastrando continuamente nos últimos anos, principalmente com o advento das facções criminosas, que já são 8 instaladas no RJ, tais como: CV, PCC, TC, TCP, ADA, IDI, Amigos de Israel e Milícias. O governo estadual fluminense já mapeou 843 comunidades dominadas por bandidos, onde impera o uso da força e da violência desmedida.

Em 2017 a média foi de 16 tiroteios diários, cerca de 6000 por ano. Em 2018 os números se avolumaram.

O ápice ocorreu durante as festividades carnavalescas, onde, geralmente, a folia prevalece sobre a violência urbana; mas este ano foi diferente; a onda de crimes bateu na porta da zona sul. Bairros nobres como Ipanema e Leblon estiveram sob barbárie, levando pânico aos moradores, que, indefesos e se sentindo abandonados pela administração pública, clamavam por socorro ao invés de repetir refrões das marchas de Momo.

O governador Pezão declarou que as polícias estaduais não conseguem deter fações criminosas, ou seja, o câncer está sem controle, se alastrando dia a dia, conquistando territórios e aliciando mais filiados. O Estado já não mostra reação, apenas apaga incêndios diários com doses pequenas de morfina, traduzindo, tem pouca competência frente a criminalidade.

Não vislumbrando nenhum tipo de solução local, o governo federal interviu de forma drástica. Do dia para noite, sem vazamento de informação, anunciou que as forças estaduais policiais cariocas passam a ser comandadas por um interventor federal; um General do Exército do Brasil.

Portanto, está sendo usado um remédio muito forte, muito potente contra o câncer criminal no Rio de Janeiro. A autoridade carioca deixa de prevalecer, de comandar suas forças policiais em decorrência de sua própria incompetência em atuar pela paz social; que de resto, é sua mínima obrigação.

O momento é de apreensão; estamos recorrendo a uma medida das mais duras dentre as previstas em nossa Constituição; a última trincheira, ou seja, é o último recurso dentro do cardápio democrático disponível. Deve-se anotar, que a intervenção se limitará às forças policiais e ao sistema penitenciário, além dos bombeiros. Os outros poderes, como o legislativo e o judiciário não serão afetados. A legislação não será tocada; as garantias pessoais e todas as previstas na constituição e outros intrumentos legais permanecerão como são atualmente.

E se esse remédio não funcionar?

Caros brasileiros, não podemos sequer pensar nessa hipótese, pois estaria decretada a morte do paciente, ou seja, a doença crônica sepultaria qualquer esperança.

Se o STF é a última trincheira jurídica, a atual intervenção federal, estabelecendo que um General de quatro estrelas comandará o aparato policial e penitenciário do Rio de Janeiro, com poder de tomar decisões privativas dos secretários e do Governador, é a última trincheira civilizada e democrática de defesa contra o terror imposto pelas facções criminosas cariocas.

 

JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
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jlordello@uol.com.br

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