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Dicas importantes segundo experiências vivenciadas.

A melhor estratégia para a segurança é manter o funcionário trabalhando no mesmo posto ou promover rodízio contínuo?

Imagine um condomínio ou empresa com três postos 24h na área de segurança. Os funcionários trabalham no interior da guarita, na área de clausura de autos e o terceiro faz ronda no interior do empreendimento.

Vamos a uma pergunta que norteia a intenção deste artigo:

Se o leitor fosse gerente, deixaria os colaboradores trabalhando de forma fixa em cada local ou promoveria rodízio entre eles?

Como pesquisador criminal, tenho encontrado os dois modelos, mas o mais comum é que os funcionários trabalhem fixos em seus postos; poucos empregadores optam pelo rodízio.

Não se pode apontar taxativamente um dos modelos como o melhor. O ideal é avaliar o risco do condomínio ou empresa a ser protegida, pois cada empreendimento tem suas peculiaridades.

No entanto, me agrada mais o modelo de rodízio, pelos vários motivos que passo a expor:

1) Acho importante que no mesmo local de trabalho todos os colaboradores da área de vigilância saibam desempenhar as diversas atividades; que não se restrinjam a apenas uma delas;

2) Quando se promove o rodízio, o colaborador adquire noção holística, passa a entender a segurança como um todo, consequentemente, aumenta sobremaneira sua sensibilidade em prever o perigo antes que aconteça, ou seja, passa detectar situações suspeitas com maior clarividência;

3) O funcionário que trabalha na mesma atividade por período de 12 horas, pode adquirir estafa diante da repetição do serviço e consequente desatenção, principalmente se o movimento de entrada e saída de pessoas for baixo;

4) Exercer a mesma função por longas horas pode tornar o colaborador mecanizado, o que não é salutar para a segurança patrimonial;

5) Promover o rodízio dos funcionários nas diversas atividades a cada 3 ou 4 horas, faz com que o colaborador sinta novos ares, tenha contato com outras pessoas e saia da rotina fatigante. Com isso, se promove ambiente de trabalho menos estafante e mais dinâmico;

6) No trabalho de portaria o funcionário fica sentado. Já na clausura de autos o vigilante permanece em pé, praticamente parado e circunscrito a pequeno espaço. Por último, temos o rondista, que circula por todo perímetro do local a ser vigiado. Portanto, a estratégia do rodízio de postos mantém o colaborador muito mais ativo mental e fisicamente;

7) Nas grandes empresas, a estratégia do rodízio é promovida também para que o colaborador não se sinta “dono” daquele pedaço. Esse sentimento de “posse” de uma atividade de trabalho pode trazer frustração quando qualquer alteração for proposta, gerando, assim, desestímulo e queda de rendimento. O rodizio de atividades minimiza também o risco de fraude interna com participação direta ou indireta do colaborador.

Outro modelo de trabalho existente, é aquele em que o gestor não promove o rodizio diário dos funcionários nos diversos postos de serviço, mas depois de um período na mesma função o colaborador é transferido para outro serviço na mesma empresa, onde se sentirá motivado em exercer novas atividades e ter acesso a outras pessoas. Para cada função exercida, o colaborador levará a experiência anterior, o que aumenta sua sensibilidade em levantar a fumaça antes do fogo, ou seja, ser cada vez mais proativo,  enxergando o perigo antes que ele aconteça.

Temos que ter em mente que o trabalho de controle de acesso e vigilância depende da vivência e experiência do colaborador, principalmente de sua sensibilidade em visualizar atitudes suspeitas que devem ser averiguadas e checadas, antes de autorizar entrada do pedestre(suspeito) ou veículo.

O colaborador vocacionado, treinado e capacitado e que também tenha atuado em diversas funções na área de segurança, acaba ganhando experiencia suficiente para antever problemas, sabendo agir rapidamente para evitar o perigo ou minimizar efeitos da tentativa de intrusão.

Mas qual modelo de trabalho é o melhor?

É óbvio que a escolha dependerá de cada ramo de atividade e da cultura da empresa ou condomínio. Mas alertamos que caberá ao gestor de segurança, usando de toda sua expertise e sensibilidade na área, definir o melhor modelo de trabalho para os colaboradores, buscando não somente as melhores estratégias para minimização de sinistros no local a ser protegido, como também o desenvolvimento profissional e bem estar de seus comandados.

JORGE LORDELLO
Pioneiro em Palestras “in company” sobre Segurança Pessoal e Patrimonial
Especialista em Segurança Pública e Privada
Palestrante e Conferencista
Escritor Internacional e Articulista com mais de 2500 artigos publicados
Pesquisador Criminal
Conhecida na mídia como “Doutor Segurança”
www.lordellotreinamento.com.br
jlordello@uol.com.br

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