Julgar é fácil, difícil é se colocar no lugar do outro
A coisa mais fácil do mundo é apontar defeitos nos outros. Na verdade, geramos expectativas que se não cumpridas à risca geram frustração e depois crítica.
Se o outro não fizer algo que esperávamos, logo é taxado de preguiçoso. Por outro lado, quando deixamos de cumprir algum compromisso, a culpa é da correria do dia a dia.
Se alguém aponta um erro, logo concluímos que a língua é ferina. Mas quando resolvemos dar um toque na vida alheia, isso chama-se crítica construtiva.
Fulano de tal passou por mim e não me cumprimentou:
“Puxa, que sujeito mascarado ou mal educado”.
Mas quando cometemos esse mesmo lapso:
“Puxa, foi pura distração mesmo”.
Se alguém procura agradar muito, pode dar a impressão que está com segundas intenções. O inverso é gentileza.
E quando alguém toma alguma atitude sem permissão, logo achamos que o excesso foi imperdoável. Mas quando agimos dessa mesma maneira, o motivo é iniciativa ou proatividade.
Se alguém luta por seus direitos até as últimas consequências, parece teimosia. Mas quando levamos nosso direito até o fim, é demonstração de luta por cidadania; pelo desejo de uma sociedade melhor para todos.
Portanto, quando pensar em julgar o outro, procure olhar primeiro pra dentro de você. Pois em muitos julgamentos mesquinhos, acabamos julgando nós mesmos na figura do outro.